segunda-feira, 14 de outubro de 2013

UMA MÃOZINHA - QUE TE EMPURRA PARA BAIXO!

Faz um tempo que minhas estórias decidiram silenciar, e eu dou esse tempo, o tempo que for necessário, acredito em inspiração, vontade, intuição, em uma maneira mais harmoniosa de viver a vida respeitando o tempo das coisas e das pessoas. 

Mas eu vivo em São Paulo e infelizmente não consigo colocar muito em prática  minhas próprias convicções, decidi então conhecer outros estados e percebi o quanto somos acelerados, intolerantes, exigentes... tudo ao extremo, e para que? Por que nas grandes metrópoles o tempo corre (sozinho) quando em outros lugares tudo acontece a seu próprio tempo, em um ritmo diferente te obrigando a esperar!?







A resposta é bem óbvia,  tempo é dinheiro, dinheiro que supostamente deveria comprar mais tempo e qualidade de vida, eis a mãozinha que te empurra para baixo em uma ciranda que não para nunca, mais acelera cada dia mais e mais....

Minhas estórias se calaram e eu me junto a multidão de insatisfeitos com a própria vida, eu entendo o conceito de gratidão, de aceitação da realidade, de paz interior.....Mas com esse barulho de sirenes e buzinas, motores e motocicletas, música no último volume, essa "suposta vida pulsante" de fato ás vezes cala a gente ...

O silêncio vira artigo de luxo, coisa rara, quase em extinção...e posso afirmar que  cria-se muito no silêncio, na tão famosa e discriminada ociosidade, que de fato é na maioria das vezes CONTEMPLAÇÃO, o que não tem nada de paralisante e inútil. Saber o que fazer e não fazer nada, como eu faço ás vezes como milhares fazem, é livre arbítrio, cada um tem seu tempo e alguns tempo nenhum. 

Observar a vida e como ela acontece da perspectiva da contemplação, enriquece, pode ser o ponto de partida para perceber o imperceptível e mudar de rumo, mudar de ideia, de profissão, de vida. Vejo, provavelmente com olhos contaminados a cultura da Mãozinha que te Empurra para Baixo, sufocante, limitante, repetitiva...mas a  vida é dinâmica por si, veja uma poça de água parada, ela está em constante trabalho com seus milhares de microorganismos e células....

Minhas estórias como muitas outras coisas silenciaram, e é estranho não ter espaço para ser você mesmo nesse universo que entra em desespero quando não consegue identificar o que ou quem, com tanta necessidade de te rotular, controlar o tempo, os passos, "encaixar" na normalidade  e com isso desrespeitar e agredir profundamente nossa individualidade e características únicas ( que de fato é nossa maior riqueza).

Em um planeta com 6 bilhões de seres humanos, não é estranho se sentir só e incompreendido quando de fato estamos correndo com a vida.....não estamos vivendo, transformando e criando a cada dia um universo diferente, tenho plena consciência que cada um tem seu papel a desempenhar, acredito que ainda não compreendi qual é o meu, mas como tudo pode mudar a roda da fortuna gira e amanhã pode ser o dia D.

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