sexta-feira, 12 de abril de 2013

DE TEMPOS EM TEMPOS


Por Tatiane Montefusco 

Há tempos tenho  observado  seu  olhar  perdido
Não consigo imaginar o que você está pensando
Porque esse menino pobre ainda chora?
Seu barraco deslizou pelo morro a algumas semanas com a chuva forte
As palavras fogem de mim e tudo aquilo me distraí
Quando não existe amor, a velhice chega ontem, tristes caricaturas de si mesmos

Não se atreva a proferir qualquer opinião antes de ser solicitada
Eu espero o desespero abandonar minha vida
O barulho do rádio espanta o silêncio e me faz ignorar a solidão
Com letras batidas em lamúrias rasgadas de mentiras românticas
Esqueça de vez a vergonha na cara, é cada um por si e a dor que carrego por dentro

Uma violência insana invade meus pensamentos e fico sem reação
Partir é a única coisa que ainda desejo  e me enche de certa alegria...hoje, ontem talvez amanhã.

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